NIGEL FARAGE DEFENDE E REPETE AS SUAS AFIRMAÇÕES DE QUE O OCIDENTE PROVOCOU A GUERRA NA UCRÂNIA

Nigel Farage repetiu as suas afirmações de que o Ocidente provocou Vladimir Putin para que invadisse a Ucrânia. O líder do ReformUK britânico insistiu que não vai pedir desculpa pelos comentários que fez durante uma entrevista ao programa Panorama da BBC, em que afirmou que “nós provocámos esta guerra”.

Também respondeu aos que o acusaram de simpatizar com o Presidente russo, que não era um “apologista ou apoiante de Putin” e que a invasão da Ucrânia era “imoral, ultrajante e indefensável”.

A defesa de Farage surge depois de Keir Starmer, trabalhista, e Rishi Sunak, conservador, terem condenado os seus comentários anteriores.

O primeiro-ministro Rishi Sunak afirmou que o líder da ReformUK estava “completamente errado e só faz o jogo de Putin”, e comparou os comentários feitos na entrevista à retórica do presidente russo.

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, classificou os comentários de “vergonhosos” e disse que qualquer pessoa que se candidate ao Parlamento deve deixar claro que a Rússia é o agressor no conflito.

Na entrevista à BBC, Farage afirmou que “fomos nós que provocámos esta guerra”, estabelecendo uma ligação entre a expansãopara Leste da NATO e da União Europeia nas últimas décadas e o conflito na Europa de Leste.

Escrevendo no jornal Telegraph, num artigo intitulado “os erros do Ocidente na Ucrânia foram catastróficos. Não vou pedir desculpa por dizer a verdade”, Farage afirmou que o “establishment político” estava a fazer eco de uma “calúnia” a seu respeito.

E acrescentou: “Não sou nem nunca fui apologista ou apoiante de Putin. A sua invasão da Ucrânia foi imoral, ultrajante e indefensável. Como defensor da soberania nacional, acredito que Putin estava completamente errado ao invadir a nação soberana da Ucrânia.

“Ninguém me pode acusar de ser um apaziguador. Nunca procurei justificar a invasão de Putin de forma alguma e não o farei agora”.

“Mas isso não muda o facto de eu ter previsto a invasão há uma década, de a ter avisado e de ser uma das poucas figuras políticas que tem sido consistentemente correcta e honesta em relação à guerra da Rússia na Ucrânia”.