BENFICA SOBE AO TERCEIRO LUGAR NUMA VITÓRIA FÁCIL SOBRE UM BOAVISTA DESFALCADO

BENFICA SOBE AO TERCEIRO LUGAR NUMA VITÓRIA FÁCIL SOBRE UM BOAVISTA DESFALCADO

O Benfica subiu hoje ao pódio da I Liga de futebol, ao triunfar na visita ao Boavista (3-0), no encerramento da sexta jornada, somando por vitórias os três encontros realizados desde o regresso do treinador Bruno Lage.

No Estádio do Bessa, no Porto, onde tinham dominado apenas numa das últimas quatro visitas, os ‘encarnados’ marcaram pelo grego Vangelis Pavlidis (11 minutos), pelo turco Orkun Kökçü (31) e pelo brasileiro Arthur Cabral (90+1), voltando aos triunfos fora na prova cinco meses e quatro jogos depois.

O Benfica isolou-se no terceiro lugar, com 13 pontos, a dois do ‘vice’ FC Porto e a cinco do campeão nacional e líder Sporting, enquanto o Boavista é 15.º classificado, com cinco, e continua sem êxitos desde a ronda inaugural, numa série de dois empates e três derrotas.

Quatro dias depois do triunfo na visita aos sérvios do Estrela Vermelha (2-1), na abertura da remodelada fase regular da Liga dos Campeões, Bruno Lage trocou Benjamín Rollheiser por Fredrik Aursnes no meio-campo, adaptando Tomás Araújo à posição de lateral-direito, em substituição do lesionado Alexander Bah.

As ‘águias’ até permitiram uma investida desenquadrada de Salvador Agra (três minutos), mas rapidamente apoderaram-se da bola e viram Kerem Aktürkoglu (sete) e Kökçü (10) esbarrarem em Tomé Sousa, guarda-redes mais jovem de sempre a competir na I Liga.

Perante a lesão de última hora de Rodrigo Abascal, que deixou de ser um dos totalistas ‘axadrezados’, o italiano Cristiano Bacci improvisou uma dupla de defesas-centrais, com Filipe Ferreira e Bruno Onyemaechi, promovendo ainda a estreia a titular de João Barros.

Joel Silva foi outra novidade face ao empate na Reboleira frente ao Estrela da Amadora (2-2), mas a estratégia do Boavista surtiu efeito até aos 11 minutos, altura em que Álvaro Carreras descobriu na esquerda Aktürkoglu, que beneficiou da passividade contrária para fintar vários opositores e servir o regresso de Pavlidis aos golos cinco jogos depois.

Se o Boavista reagiu em ‘tiros’ de longe de Ilija Vukotić (18 minutos) e Sebastián Pérez (26), ambos detidos por Anatoliy Trubin, o Benfica foi mais feliz na exploração do remate exterior aos 31, tendo o pontapé de Kökçü batido no poste a caminho da baliza de Tomé Sousa.

Esse lance nasceu dos pés de Aktürkoglu, que chegaria atrasado ao centro de Tomás Araújo (33 minutos) e atirou às malhas laterais (39), numa toada prosseguida em ritmo moderado no reatamento, quando o guarda-redes ‘axadrezado’ afastou o cabeceamento de Tomás Araújo ao canto de Kökçü e a recarga de Nicolás Otamendi (47).

Com sete suplentes de idade igual ou inferior a 21 anos no banco, o Boavista mostrava poucas soluções técnicas, físicas e anímicas para condicionar a fluidez do Benfica, que insistiu por Ángel Di María (54 minutos) e Aktürkoglu (59), cujo ‘chapéu’ saiu por cima.

Os lisboetas desaceleraram com o avanço do relógio e deram uma réstia de esperança ao conjunto de Cristiano Bacci, mas Sebastián Pérez falhou a emenda ao cruzamento de Filipe Ferreira (69 minutos) e Augusto Dabó cabeceou à figura de Trubin, após canto de Agra (86), adiando o primeiro golo do Boavista na condição de anfitrião em 2024/25.

Na área oposta, o recém-entrado Arthur Cabral teve outra eficácia aos 90+1 minutos, quando captou um passe longo de António Silva e ganhou o duelo a Bruno Onyemaechi para fechar com subtileza o 40.º triunfo em 50 encontros de Bruno Lage à frente do Benfica no campeonato.