ANÁLISE POLÍTICA PARA AS PRÓXIMAS AUTÁRQUICAS DÃO ACENTUADA QUEDA DOS VOTOS NO PARTIDO DO GOVERNO

A queda de popularidade dos trabalhistas desde as eleições foi revelada numa análise para as próximas eleições autárquicas. Nesta nova sondagem os candidatos de Keir Starmer ganhariam apenas 53 dos 150 lugares em disputa nas autárquicas desde 4 de julho – depois de terem ganho 75. Entretanto, os Conservadores aumentariam o seu número de votos de 21 para 44 e o ReformUK ganharia cinco.

A quota de votos dos trabalhistas desceu dos 32,6%, que detinham antes das eleições gerais, para 24,5%, de acordo com os números indicados pelo sítio ElectionMapsUK. Os conservadores registaram um aumento de 23,2% para 24,1%, os Lib Dems subiram 3,4 pontos percentuais para 18% e os Verdes melhoraram a sua posição para 10%. O ReformUK, que não tinha estado presente em muitas eleições autárquicas anteriores, apontava agora para 6,7 por cento.

Os números sombrios de Keir Starmer surgem depois de cinco meses tumultuosos, desde que conseguiu uma vitória esmagadora – mas com uma das mais baixas percentagens de votos de sempre.

A raiva tem vindo a aumentar devido ao extraordinário ataque fiscal de 40 mil milhões de libras no primeiro orçamento de Rachel Reeves, no final do mês passado, com os agricultores a protestarem contra os direitos de herança e os pensionistas furiosos por perderem o subsídio de combustível para o inverno.

No último sinal de agitação, uma petição parlamentar, que apela a novas eleições gerais, está a aproximar-se dos 2,8 milhões de assinaturas. Colocada pelo proprietário de um pub, Michael Westwood, queixa-se de que o PM “voltou atrás nas suas promessas”.

Foi partilhada pela lenda na vida artística Michael Caine e alimentada pelo multimilionário Elon Musk no seu site de redes sociais X. As petições só podem desencadear um debate no Parlamento.

Keir Starmer insistiu que a petição apenas lhe recorda que “muitas pessoas não votaram nos trabalhistas”. Não o surpreendendo que muitos deles queiram ”uma repetição”, disse. “Não é assim que o nosso sistema funciona. Haverá muitas pessoas que não nos queiram em primeiro lugar. Por isso, o meu foco tem de ser nas decisões que tenho de tomar todos os dias”.